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quinta-feira, agosto 11, 2016

Inflação acelera em julho e sobe 0,52%, diz IBGE

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta de 0,52%, ante uma variação de 0,35% em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de uma taxa de 0,32% a 0,60%, com mediana de 0,45%. A taxa acumulada no ano foi de 4,96%. Em 12 meses, o resultado ficou em 8,74%, ainda muito acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. A taxa veio acima do teto do intervalo das estimativas, captadas pelo Projeções Broadcast (de 8,52% a 8,70%).

Os preços dos alimentos voltaram a disparar em julho. A alta no grupo Alimentação e bebidas acelerou de 0,71% em junho para 1,32% no último mês. A alta dos alimentos foi a mais acentuada para meses de julho desde o ano 2000, quando os preços ficaram 1,78% mais caros. No ano de 2016, entre janeiro e julho, os alimentos já aumentaram 8,79%.

Em julho, a contribuição do grupo Alimentação e bebidas foi de 0,34 ponto porcentual para o IPCA (cuja taxa foi de 0,52%), o equivalente a 65% de toda a inflação do mês. “Problemas climáticos afetaram as lavouras. Há menor oferta de forma geral provocada pelo clima”, justificou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Os prejuízos à safra afetaram não só os alimentos in natura, mas também pastagem e ração para o gado, pressionando o preço do leite. “O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (divulgado pelo IBGE) apontou redução da safra de quase 10%. Isso é muito significativo”, acrescentou Eulina.

O leite subiu 17,58% em julho, o equivalente a um impacto de 0,19 ponto porcentual sobre o IPCA, o que fez o item liderar o ranking de maiores contribuições para a inflação do mês. Em quatro das treze regiões pesquisadas, o litro do leite teve alta superior a 20%: Belo Horizonte (23,02%), Rio de Janeiro (22,47%), Brasília (21,76%) e Vitória (21,76%).

Já o feijão-carioca deu a segunda maior contribuição para a inflação de julho, com alta de 32,42% e impacto de 0,13 ponto porcentual sobre o IPCA. Em Curitiba, o preço do quilo do feijão-carioca aumentou 45,20%; em São Paulo, o aumento foi de 43,98%.

O feijão-preto aumentou 41,59%, enquanto o feijão mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho subiu 14,72%. O arroz também registrou elevação nos preços, de 4,68%. Na direção oposta, ficaram mais baratos a cebola (-28,37%) e a batata-inglesa (-20,00%).

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